sexta-feira, 27 de maio de 2011

Psicanalise e os transtornos mentais

No inicio do século XX  pouco se conhecia sobre a saúde mental e sua importância. As pessoas que apresentavam sintomas de doenças mentais eram apenas abandonadas e trancafiadas em asilos para loucos aonde se oferecia somente os cuidados simples e pouco apoio social.
A primeira revolução da saúde metal foi de responsabilidade de Sigmund Freud , que definiu o conceito de psicanálise :
"A Psicanálise propõe mostrar que o Eu não somente não é senhor na sua própria casa, mas também está reduzido a contentar-se com informações raras e fragmentadas daquilo que se passa fora da consciência, no restante da vida psíquica... A divisão do psíquico num psíquico consciente e num psíquico inconsciente constitui a premissa fundamental da psicanálise, sem a qual ela seria incapaz de compreender os processos patológicos, tão freqüentes quanto graves, da vida psíquica e fazê-los entrar no quadro da ciência... A psicanálise se recusa a considerar a consciência como constituindo a essência da vida psíquica, mas nela vê apenas uma qualidade desta, podendo coexistir com outras qualidades e até mesmo faltar. (" Freud,Sigmund ‘’Cinco ensaios sobre a psicanálise’’
Através da analise psíquica o psicanalista poderá traçar o perfil psicológico do paciente e seus transtornos mentais.
Os transtornos mentais atingem cerca de 12% que equivale a 23 milhões de pessoas da população brasileira e cerca de 3% cerca de 5 milhões de transtornos mentais graves e persistentes.
Os principais transtornos estão ligados à depressão, ansiedade e transtornos de ajustamento, sendo que os mais graves, tem maior prioridade, como os transtornos de bipolaridade, a esquizofrenia.    



terça-feira, 24 de maio de 2011

Perguntas e Respostas sobre Psicanálise

Clínica-Escola: Perguntas e Respostas sobre a clínica psicanalítica no mundo globalizado

1. Para que tipo de pessoa a psicanálise é indicada?
A psicanálise é indicada para todas as pessoas que têm uma demanda ou questão. Uma demanda é algo que se apresenta como um enigma pessoal, algo que não vai bem, alguma coisa que surge e que precisa de uma saída que não se consegue encontrar sozinho. Normalmente, diante de problemas e angústias, as pessoas reagem utilizando-se de comportamentos e padrões de sofrimento, se colocando em um lugar de aceitação ou de resignação deste estado. Por exemplo, frente a uma grande cobrança de trabalho, pode-se ficar estressado. Frente à perda de alguém querido, pode-se ter baixa estima e desânimo. A psicanálise é para aqueles que procuram uma nova maneira de lidar com os impasses pessoais que não seja a resignação no sofrimento.
2. Como funciona o tratamento psicanalítico?
O trabalho do analista consiste em, frente à demanda de cada analisando, proporcionar a invenção de uma saída  para além dos padrões fixos de sofrimento. A cada sessão, os analisandos são desautorizados do lugar de resignação no sofrimento, promovendo-se soluções criativas.
3. Qual a diferença entre tratamento psiquiátrico, psicoterápico e psicanalítico?
A psiquiatria e as psicoterapias trabalham com a noção de que existem pensamentos e comportamentos que estão alterados em relação a um padrão de normalidade. O objetivo das mesmas é fazer com que a pessoas possam encontrar ou se aproximar da normalidade definida. Em um primeiro momento, se faz um diagnóstico, no qual as queixas apresentadas pelo paciente são classificadas dentro categorias gerais, pré-estabelecidas, de doenças ou transtornos mentais. Depois, como tratamento, a psiquiatria tem se valido principalmente de medicamentos ou outras intervenções de modelo biológico. As psicoterapias buscam garantir uma conduta adequada através de um tratamento por palavras que permita aos pacientes corrigir pensamentos e comportamentos alterados. Em ambas intervenções tanto os diagnósticos quanto os tratamentos são definidos individualmente, mas tendo como base modelos gerais estabelecidos a partir de pesquisas com o maior número possível de pessoas. As duas formas de tratamento se apóiam na idéia de que os problemas apresentados são devidos a alterações  na biologia corporal e ou ao aprendizado de formas de pensar e se comportar inadequadas. Nos dois casos, a pessoa acometida não tem responsabilidade pelo o seu sofrimento. A responsabilidade, quando existe, é em relação ao correto seguimento do tratamento que lhe é indicado pelo psiquiatra ou pelo psicólogo.
A psicanálise trabalha com a possibilidade de que cada pessoa constrói , a partir de padrões oferecidos pelo mundo, formas particulares de repostas aos impasses ou angústias da vida. Estas tendem a fixar o paciente em um lugar de sofrimento. Na psicanálise, não existem modelos de normalidade a serem buscados, nem   modelos de tratamentos pré-definidos, mas, caso a caso, na presença do analista, o analisando deve abandonar a fixação nas respostas já prontas e procurar inventar alternativas de lidar com a sua dor, se responsabilizando por isto. A pesquisa na psicanálise se baseia no relato singular de cada caso tratado.
4. Estou fazendo uso de remédios psiquiátricos. Posso, também, fazer acompanhamento psicanalítico?
Para ser acompanhado por um analista basta ter uma demanda para isto, conforme definido na pergunta de número 1. O fato de estar usando medicamentos psiquiátricos ao mesmo tempo é da responsabilidade da pessoa e de seu médico. O analista pode discutir o uso com os dois.
5. Quanto tempo demora um tratamento com psicanálise? Ele custa muito caro?
Não existe um tempo pré-definido para uma análise. Ela pode durar de uma a várias sessões. O objetivo é que ela dure o menor tempo possível.  Este tempo é  o necessário para a invenção de uma saída para a demanda inicial apresentada. Se não houver a construção de uma nova demanda, o acompanhamento termina aí. Hoje, análises com longa duração têm sido realizadas por pessoas com a demanda de se tornarem analistas.
O valor de uma análise é estabelecido entre o analista e o analisando. O analisando deve dizer quanto acha que sua análise vale, qual o valor da análise que ele quer receber. Havendo acordo com o analista, o valor fica aí definido.
6. Por que não posso fazer minha análise sozinho? Por que preciso de um analista?
Frente aos impasses encontrados no dia-a-dia, as pessoas tendem a responder com os padrões de sofrimento já estabelecidos, conforme esclarecido nas perguntas anteriores. Sozinhos ou mesmo com amigos e familiares, as pessoas acabam por repetir e reafirmar estes lugares, através de um sentimento de compaixão. Por exemplo, uma pessoa estressada pode começar a tomar “calmantes”. As pessoas ao seu redor, por sua vez, começam a evitar trazer problemas ou ter outras atitudes que julguem aumentar o estresse do “coitado”. Estes dois comportamentos só ajudam a fixar a pessoa no lugar de estressada. A mesma “veste a roupa” de coitada, de vítima, e não se responsabiliza pelo seu sofrimento. A formação de um analista deve permitir que ele seja capaz de estabelecer e conduzir uma análise de forma a  responsabilizar o analisando pelo seu sofrimento, provocando a invenção de saídas criativas. Soluções diferentes e originais em relação àquelas já prontas para serem usadas que o mundo fornece.
7. Como se avalia a eficácia de um acompanhamento com psicanálise?
Como não existem padrões de normalidade a serem buscados, cabe ao analista e ao analisando, depois de um tempo definido de análise, avaliar os resultados obtidos. Observam se houve uma mudança em relação à demanda inicial e, na dependência desta avaliação, estabelecem novas direções para o tratamento. Os resultados são sempre definidos caso a caso, de forma singular e assim são relatados para os estudos para a formação em psicanálise.
8. Desde a época de Freud, o mundo mudou muito. A psicanálise também mudou?
O mundo na época de Freud (final do século XIX, inicio do século XX) era estruturado a partir de uma organização hierárquica ou vertical (de cima para baixo) que colocava padrões comuns a serem seguidos. Tinha-se, de forma clara, o que era certo ou errado fazer, tendo como referência uma autoridade geral, como a religiosa. Diante de uma dúvida, dizia-se popularmente para se apelar ao bispo. Nas famílias, a autoridade era o pai, que estabelecia qual o modelo a seguir. Na teoria psicanalítica, esta mesma organização ficou definida como Complexo de Édipo. Frente ao mal-estar humano, à algo que não vai bem,  o tratamento era reforçar a função do pai. Para resolver os impasses procurava-se um saber que vinha do Outro. Era o famoso “ Freud explica”.
Nos mundo atual, chamado de globalizado, não temos mais a organização vertical da sociedade. Não existem mais padrões comuns a serem seguidos, nem uma autoridade ou saber último para chamar. As pessoas perderam o norte, encontrando-se “desbussoladas”. A própria estrutura familiar não é mais a mesma, existindo vários modelos de família. A psicanálise, neste novo cenário, tem se orientado através do conceito de Real, criado por Lacan. A função paterna não é capaz de recobrir totalmente o mal-estar, devendo o tratamento caminhar  para além do Complexo de Édipo, na direção de uma invenção permanente de respostas. Não há um Outro que nos explique, não podemos ter garantias últimas em nossas escolhas, mas devemos ser responsáveis por elas.
Marlio Vilela Nunes
São Paulo 20/09/07

Falando sobre Jorge Forbes

 Jorge Forbes é psicanalista e médico psiquiatra,em São Paulo.
Mestre e doutor em Psicanálise; Universidade de Paris VIII e Universidade Federal do Rio de Janeiro, respectivamente.
 É conhecido por ser um dos principais introdutores do pensamento de Jacques Lacan no Brasil,Jorge Forbes freqüentou os seminários de Lacan em Paris,de 1976 a 1981.Teve participação fundamental na criação da Escola Brasileira de Psicanálise,do qual foi o primeiro diretor-geral.
 Preside o IPLA-Instituto de Psicanálise Lacaniana e o Projeto Análise,que visa responder e apresentar questões da Sociedade atual,mostrando assim a todos que a diversidade dos campos de ação da Psicanálise é enorme,e que a mesma pode trazer respostas de forma satisfatórias,através de argumentos justificados em teses científicas. 
Jorge Forbes também é Analista Membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Escola Européia de Psicanálise.
 Possui vários artigos publicados no Brasil e no Exterior e é autor de vários livros,como Você quer o que você Deseja?,em que trata de uma psicanálise além da teoria do Complexo de Édipo,própria ao novo homem desbussolado da globalização.É co-autor de A Invenção do Futuro,em que pensa em soluções para viver nessa era de quebras de ideais.
Freqüentemente colabora com a grande imprensa,sendo curador e conferencista do Café Filosófico da CPFL-Tv Cultura.


 Quando a sociedade muda, você tem novas soluções e novos problemas. Antigamente, o jovem dizia que não tinha liberdade de escolha. Hoje, ele tem 
essa liberdade, mas se sente perdido. (J. Forbes)


 As pessoas querem ouvir a verdade do outro sobre si mesmas porque sempre acham que a verdade do outro é uma mentira sobre elas. E assim fazendo, ouvindo do outro, não ouvem a si mesmas. (J. Forbes)


>Significado da palavra preside: Terceira pessoa do singular do verbo presidir, que significa dirigir, comandar ou liderar no mais alto posto.
>Café Filosófico da CPFL é um programa transmitido pela TV Cultura as 19 horas da Sexta Feira,do qual Jorge Forbes já participou várias vezes.

domingo, 22 de maio de 2011

Continuação acerca de Lacan

 Na postagem anterior falamos sobre Lacan de forma superficial,apenas para apresentar ao público quem foi o mesmo,nesta postagem,através das palestras de Jorge Forbes estaremos adentrando o pensamento Lacaniano e conhecendo esse psicanalista.

 Futuramente será uma postagem será dedicada a Jorge Forbes que atualmente é um dos psicanalistas mais importantes do Brasil.

 A palestra é dividida em 3 blocos e posteriormente será postada uma Resenha em relação a mesma.


Émile Lacan

 Quando o assunto é Psicanálise rapidamente associamos tudo em relação a mesma a Freud, deixando de lado outras pessoas que contribuiram enormemente para o sucesso que a teoria Freudiana e seu tratamento possuem nos dias atuais, uma dessas pessoas é Jacques-Marie Émile Lacan, psicanalista francês de grande importância para a Psicanálise.

 No vídeo a seguir o psicanalista e médico psiquiatra Jorge Forbes,conhecido por ter introduzido o pensamento Lacaniano no Brasil  fala sobre Lacan e sua importância para psicanálise atual.



Introdução a Psicanálise

Uma introdução básica sobre psicanálise.

Psicanálise – O Estudo da mente Humana

Sigmund Freud contribuiu com a ciência do século XIX,com a psicanálise,área de conhecimento que abrangia o estudo do insconsciente humano,a fim de entender as doenças mentais e futuramente até o próprio homem.Nessa perspectiva,a contribuição de Freud foi de fundamental importância para o campo científico,haja vista que,agora a mente humana se tornou alvo de estudos e principalmente,graças às conclusões freudianas,o entedimento do funcionamento biológico dos seres humanos ficou mais completo,devido a não separação entre o corpo e a mente.Fato esse que não acontecia nas ciências biológicas nesse período.

Pois bem,a teoria psicanalistíca não ficou somente presa ao âmbito da medicina e das ciências biológicas,pelo contrário,Freud buscou desde a fundamentação de sua teoria,relacionar o pensamento filosófico ao pensamento neurológico,ampliando as suas fontes de conhecimento em grandes campos de saber.

Porém,para se entender o Dr. Sigmund Freud,temos que primeiramente buscar na sua história e,analisar todo o caminho percorrido por ele,até se tornar o pai da psicanálise.Um caminho longo é verdade,mas,não tão longo como os próprios caminhos que a teoria freudiana percorreu e ainda percorre por todos os cantos do mundo,em conferências,seminários,debates,palestras,pesquisas;enfim,dentro e fora das academias o pensamento freudiano se encontra vivo,justamente porque somente ele que teve a coragem de levar para dentro dos círculos intelectuais de uma Europa mergulhada na Era Vitoriana,a questão da sexualidade em todos os seus sentidos e principalmente cogitar a influência que os instintos sexuais exercem em nossos
problemas,angústias,sonhos e comportamentos.

Até na própria educação e moralidade a teoria psicanalistica buscou formular interpretações,problematizando assim o excesso de poder e de repressão que o processo educacional atua nos indivíduos,levantando a hipótese de que várias histerias que acontecem em nossa civilização estão ligadas aos tempos em que a criança está desenvolvendo um processo de aprendizagem e de interação social.Freud não escreveu muito sobre a influência da psicanálise na educação e até chegou a afirmar que educar é uma tarefa impossível devido à subjetividade inconsciente de cada pessoa.

Psicanálise: O Estudo da Mente Humana

  Tendo em vista divulgar o conteúdo pesquisado acerca do tema escolhido foi criado este blog.Postaremos aqui diversas informações sobre Psicanálise,sendo elas no formato de textos,vídeos,etc...

O grupo é formado por 17 pessoas do Terceiro Ano, mas especificamente do Terceiro Ano "B" do Centro de Ensino Médio 01 de Brazlândia,o trabalho desenvolvido faz parte do componente currilar dos alunos,da disciplina Integrando as Ciências,que tem como objetivo promover um projeto voltado a Comunidade Escolar e de Brazlândia.

 Fazem parte desse grupo os alunos:

Amanda Caetano
Bruna Lacerda
Danilo Corsino
Diogo Botelho
Douglas Shiro
Ereikson Mendes
Guilherme
Izabella Gomes
Isamara
José Haroldo
Lorena
Lucas Duarte
Lucas Martins
Lucas Silva
Thiago Oliveira
Solange Lopes
Rodrigo

 Para melhor aproveitamento do trabalho alguns professores acompanham o desenvolvimento do mesmo,sendo estes os coordenadores,que tem como função orientar os alunos.O grupo Psicanálise:Estudo da mente Humana tem como coordenadores os professores:

>Minoru Uchigasaki professor da disciplina Sociologia.
>Osmar professor da disciplina Filosofia.